sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Reabertura do Teatro Paiol Cultural


partir de hoje, a cidade passa a ter novamente um de seus palcos históricos: o Teatro Paiol Cultural, fechado há pelo menos cinco anos e onde já se apresentaram alguns dos mais respeitados artistas dos anos 1970 e 1980.
Reformado, o espaço reabre no mesmo endereço - Rua Amaral Gurgel, 164, na Bela Vista - com a comédia Um assalto em família, com direção de Bruno Chagas e Andressa Domingues, Bruno Chagas, Caio Badner, Emerson Albernás, Jan Modesto e Rosana Vicente no elenco.
A sala foi erguida pelo casal de atores Perry Salles e Miriam Mehler  e inaugurada em 24 de novembro de 1969.
Para se ter ideia do glamour da plateia de então, em setembro de 1971, a peça Abelardo e Heloísa, um dos maiores sucessos do ano,  era apresentada para os cônsules dos EUA e da Áustria.
Projetado pelo arquiteto Rodrigo Lefèvre, o teatro contou com a ajuda de muitos amigos artistas e admiradores que auxiliaram na abertura da casa, palco de nomes como Paulo Goulart e Nicette Bruno, o segundo casal de atores a cuidar da gestão do Paiol.


Decadência
Mas nem a sofisticação dos espetáculos ou o sucesso de público salvaram o Paiol da decadência vivida durante os anos 90, quando foi transformado em palco para produções de cinema pornô, até o fechamento, em 2007.
Mobilizado pela ameaça do que poderia acontecer com o histórico Teatro Paiol, o ator Marcelo Mendes decidiu arrendar o espaço e fazer uma reformulação nos moldes de um teatro ‘eco sustentável’. O projeto para reforma aconteceu com a proposta de utilizar recursos naturais na restauração para prevenir o impacto ambiental, tática utilizada em diferentes aspectos estruturais. 
Cuidando pessoalmente dos trabalhos, Mendes e amigos lixaram as poltronas, que foram forradas com couro ecológico e mantiveram as famosas paredes laterais do teatro, estruturadas com buracos nos tijolos para melhorar a acústica, e as pintaram de preto. Os banheiros foram projetados com sistema de reaproveitamento da água utilizada e o palco, reconstituído com madeira de sobra de eventos. Toda a pintura do espaço foi realizada com tintas recicladas.

Fonte: Jornal DCI



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