sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Coração de Pai


A missão deste Coração de pai segue sendo um convite aos pais, às mães e aos filhos, para que revejam suas posições e identifiquem alguns dos sentimentos tão bem descritos no texto de José Ruy Gandra. Esses sentimentos masculinos são colocados de maneira franca, da forma que o autor costuma defender que deva ser a educação dos filhos: realismo poético, ou seja, não se deve ocultar as experiências difíceis da vida, mas tampouco se pode deixar de procurar a maneira mais adequada e positiva, quase lúdica, de aproveitar os momentos de proximidade entre as pessoas.

Em tempos de exagero de cargas de trabalho, de uma fragmentação de atividades e escassez de convívio direto e profundo entre os membros da família, as histórias e experiências compartilhadas por Gandra seguem carregadas de possibilidades para ampliar os papéis de cada um nessa estrutura antiga, porém ainda bastante necessária. Vale destacar os relatos de leitores da primeira edição: mães passando a compreender melhor o papel de um pai, pais recuperando o diálogo até então inexistente ou escasso com seus filhos, o entendimento da prática da intensidade do contato ao invés da extensão dele. As novas histórias ampliam algumas dores da vivência e servem como estímulo para que cada um encontre forças para encarar os desígnios com os quais o destino por vezes surpreende, de forma nada positiva, as pessoas.

As fatalidades da vida fizeram esse Coração de pai ser um pouco mais Coração de avô, os relatos e aprendizados e as lições seguem aproximando os sentimentos de homens e suas famílias. A jornada agora ficou ainda mais ampla e dura. É sobre o nascimento de três crianças, que transformaram um filho órfão num pai dedicado e num avô empenhando em mostrar ao neto quem foi o pai com quem ele conviveu tão pouco. Continua sendo sobre os momentos intensos, prazerosos e difíceis que marcam a relação entre pais e filhos. Leia, compare com sua experiência, indique, debata com os amigos e parentes. Este livro é um alargamento do repertório de sentimentos capazes de fluir da interação entre esses seres de diferentes gerações.

Coração de Pai 
José Ruy Gandra

A queda – As memórias de um pai em 424 passos


O jornalista Diogo Mainardi é bem conhecido por suas antigas colunas na revista Veja, por suas críticas políticas. Mas, no livro “A queda – As memórias de um pai em 424 passos” Mainardi conta história do seu filho que tem paralisia cerebral. A paralisia de Tito foi causada em seu nascimento, por erros médicos e comprometeu a fala e o caminhar.

O livro segue o número do subtítulo, foi dividido em 424 capítulos. O número representa o número de passos que Tito deu conseguiu dar sem cair, quando o pai deixou de contá-los. O diferencial da obra, esta no fato do autor misturar a história familiar a personagens históricos e a obras de arte.
A queda mencionada no título refere-se especialmente aos constantes passos em falso de Tito, cuja espasticidade o leva a cair com frequência.

Os 424 passos aludem ao maior percurso realizado por ele sem interrupção. A queda, contudo, também é a do autor e de sua onipotência. Em alguma medida, A Queda é o relato de uma expiação.

A queda – As memórias de um pai em 424 passos
Diogo mainardi

Incômodos palavrões


Meu filho Felipe, de quatro anos, brinca no playgroud com crianças bem mais velhas e aprende umas coisas inadequadas para sua idade.  Agora deu para falar palavrões terríveis, e pior, fala na frente das pessoas. Fico brava, envergonhada, a situação só piora'.

As crianças não têm nenhuma condição de saber o que estão dizendo quando usam palavrões que remetem à sexualidade madura. Os adultos, com toda razão, ficam incomodados diante desses pequenos que se referem a um mundo de experiências e conhecimentos do qual deveriam estar excluídos. Mas essa é a questão: eles querem se incluir!

Repetir o que dizem os outros é uma maneira de se inserir própria dos humanos. Toda a linguagem é adquirida por meio da repetição. No início, é como se as palavras fossem ocas, sem significação, aos poucos elas vão ganhando conteúdo.
Quando Felipe pronuncia os palavrões está procurando decifrar seus significados e assim participar do grupo dos maiores. Percebe que eles estão 'por dentro' de algo que ele não entende e isso o atrai profundamente...

Um movimento semelhante é feito com assuntos que a família, por exemplo, considera impróprios para as crianças. São frequentemente mencionados por elas, que não sabem do que se trata, mas sabem como procurar o que há por trás disso que é tão reservado. Causam bastante incômodo!

A curiosidade e o desejo de participação são importantes, não devem ser esmagados com reações violentas.  Entretanto, dizer palavrões constrangedores é um comportamento que merece limites.

Helena Mange Grinover - Psicologia Clínica; professora na UNIP e do Departamento de Psicanálise Instituto Sedes Sapientiae; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br/

Marcia Arantes – Psicóloga; professora de Orientação Profissional - Faculdades Paulistanas; Trabalho de Promoção do Desenvolvimento Pessoal para Professores e Alunos do Instituto Europeo Di Design; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Memorial da América Latina – New Brasil, Bolívia Now


Das bienais de La Paz e Santa Cruz de la Sierra à produção artística contemporânea brasileira

Com o tema “Perda da inocência”, o Memorial apresenta uma exposição de artistas bolivianos que se destacaram nas bienais de La Paz e Santa Cruz de La Sierra, com abertura em 5 de setembro, uma quarta. País de cultura milenar, a Bolívia sofre o preconceito de que lá só existe o arcaico e o folclorizante. Engano. E o que mostra a produção de artistas como Alejandra Delgado, Oscar Barbery, Roberto Valcarcel, Eduardo Bluebox, Claudia Joskowicz, Ivan Cáceres e Sol Mateo, entre outros (relação completa abaixo). Vale a pena conferir a contemporaneidade da arte praticada no altiplano.

Sob a curadoria de Nícholas Petrus - criador que percorreu a América Latina em “residências artísticas” e que tem como regra receber colegas latino-americanos em seu ateliê, em São Paulo - a mostra chama-se “New Brasil, Bolívia Now”, pois volta os olhos para, talvez, o país latino-americano no qual ocorrem atualmente as experiências mais interessantes nos campo político, social, cultural e artístico.

A exposição inclui pintura, vídeos, fotografias, objetos, intervenções, debates e oficinas. Na abertura, dia 5, a partir das 19h00, haverá uma “ação” da pernambucana Juliana Notari e uma performance do boliviano Galo Coca. Durante a exposição, que coincide em parte com o período da Bienal de São Paulo, haverá uma programação extensa (confira abaixo). Em todos os sábados o curador Nícholas Petrus ficará o dia inteiro (das 9h às 18h) na Galeria Marta Traba à disposição do visitante. Será uma oportunidade única do público visitar a exposição sendo guiado pelo próprio curador da mostra. Além disso, ele poderá dialogar com qualquer um sobre arte contemporânea brasileira, boliviana, internacional, bienal... a pauta é livre.

Serviço
New Brasil, Bolívia Now
De 6 de setembro a  4 de novembro
Local: Memorial da América Latina
Galeria Marta Traba
Av. Auro Soares de Moura Andrade, portões 1 e 5
Estacionamentos nos portões 4 e 8 (R$ 5,00)
ENTRADA FRANCA


Dia Nacional do Voluntariado

Dia Nacional do Voluntariado foi instituído no dia 28 de agosto de 1985, através da Lei Nº. 7.352, sancionada pelo então Presidente da República, José Sarney. A partir desta data, é celebrado anualmente. 

O trabalho voluntário é, cada vez mais, uma via de mão dupla: não só generosidade e doação, mas também abertura a novas experiências, oportunidades de aprendizado, prazer de se sentir útil, criação de novos vínculos de pertencimento e afirmação do sentido comunitário. Tudo isso faz dessa prática uma ótima experiência.

http://voluntariosonline.org.br

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Exposições no MASP



PAPÉIS ESTRANGEIROS: GRAVURAS DA COLEÇÃO MASP

Uma seleção com mais de 80 obras de mestres em diferentes técnicas da arte da gravura estará em exibição no MASP a partir de 15 de junho. Papéis estrangeiros: gravuras da coleção MASP traz obras do espanhol Goya, do alemão Dürer, dos holandeses Rembrant, Jan van Vliet e Lucas van Leiden, do argentino Leon Ferrari, entre outros pintores e ourives. Com curadoria de Teixeira Coelho e Denis Molino, a exposição fica em cartaz até 28 de outubro no segundo andar do museu.

Esta exposição é a sequência de outra, dedicada aos papéis brasileiros da Coleção MASP, também no campo da gravura, em 2011, e marca uma atenção do museu para com esta arte, expressa em exposições como as séries completas de Goya (2007); Desenhos espanhóis do Século 20 (2008); Primeiro Expressionismo alemão (2008); O mundo mágico de Marc Chagall (2010) e Uma semana de bondade, de Max Ernst, apontada pela APCA como a Melhor Exposição Internacional de 2010.

Até 28 de Outubro.

DEUSES E MADONAS – A ARTE DO SAGRADO

Uma obra-prima de um mestre do Renascimento e uma instalação do artista brasileiro contemporâneo Eder Santos são os destaques de Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado. São Jerônimo Penitente no Deserto, que o jovem Andrea Mantegna concluiu em 1451 e foi uma das principais obras na maior retrospectiva do autor, realizada em 2008 em Paris, no Louvre, está de volta ao MASP depois de restaurada pela equipe do museu francês. 

Concebida pelo curador Teixeira Coelho a partir de 40 obras-primas do acervo do museu, a maioria do século XIV ao XIX, Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado traz ainda El Greco (Anunciação, de 1600);  Delacroix (As quatro estações, c.1856);  Botticelli (Virgem com o Menino e São João Batista Criança, c.1490); Tintoretto (Ecce Homo ou Pilatos Apresenta Cristo à Multidão, c.1546); Rafael (A Ressurreição de Cristo, 1499-1502), entre outras.


Sem previsão para encerramento.

CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES

De renomados museus italianos e coleções particulares, chega ao Brasil a maior exposição de obras do gênio italiano Michelangelo Merisi de Caravaggio, que nasceu em setembro de 1571 e morreu em julho de 1610 e é considerado o principal representante do Barroco. CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES apresenta seis obras-primas do artista e outras 14 obras de artistas diretamente influenciados por sua obra e técnica, entre eles Artemisia Gentileschi, Bartolomeo Cavarozzi, Giovanni Baglione, Hendrick van Somer e Jusepe di Ribera.

Pela primeira vez fora da Itália, a famosa Medusa Murtola (recentemente identificada como a “Medusa original”) e o Retrato do Cardeal poderão ser vistos de 02 de agosto a 30 de setembro de 2012 no 1º andar do MASP. Para o curador italiano Giorgio Leone essa será oportunidade única para o público brasileiro: “Das obras produzidas por Caravaggio em seus 38 anos de vida, apenas 62 chegaram aos nossos dias”, diz.

Até 30 de setembro

O ESPECTRO DIVERSO – 600 ANOS DE CERÂMICA COREANA

Exposição concebida especialmente para o MASP traz raros exemplares da arte cerâmica em mostra organizada pela curadoria do Museu Nacional da Coreia. Obras-primas produzidas ao longo de séculos estarão ao lado de outras, contemporâneas, que reinterpretam os princípios tradicionais dessa arte. Nestes 600 anos de história, técnicas de elevado nível refletem o desenvolvimento de conceitos e ideologias que moveram os artistas coreanos ao longo do tempo.

Destaque em museus como o Metropolitan de Nova York e Museu de História Natural de Washington, a cerâmica coreana ocupa lugar de destaque no gênero e pela primeira vez será mostrada no Brasil. Na visão de Teixeira Coelho, curador do MASP, “será uma ocasião singular para apreciar a manifestação da beleza em seu estado mais puro, apesar da funcionalidade que as peças mostradas possam ter”.

Até 25 de novembro

Visitas Orientadas

Todas as exposições temporárias e mostras de obras do acervo realizadas pelo MASP, têm um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas públicas e privadas. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados. Informações: 3251.5644, ramal 2112. 

Serviço:
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Av. Paulista, 1578. Acesso a deficientes.
Horários: De 3ªs a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às 5ªs: das 11h às 20h.
A bilheteria fecha meia hora antes.
Tel.: (11) 3251.5644

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Horizontes - Palestras e Cursos Via Satélite


O Colégio Horizontes/Uirapuru, fechou uma parceria com a Educsat- modalidade de ensino que transmite aulas e palestras ao vivo pela TV via satélite, com a possibilidade de interação entre público e palestrante em tempo real - da Abril Educação.

Nesta parceria o Colégio disponibiliza a alunos, pais, professores e demais interessados, palestras com renomados nomes ligados à educação, em datas pré agendadas. A próxima palestra aberta a convidados acontece neste sábado, durante a reunião de pais. O tema “Família e Escola: inimigos ou aliados?” será abordado pela psicóloga e consultora educacional, Rosely Sayão.

Veja a programação das palestras:




terça-feira, 21 de agosto de 2012

Teatro - Camille e Rodin, no Masp



O espetáculo conta a linda e trágica história de amor vivida pelos escultores franceses Camille Claudel e Auguste Rodin, e reflete sobre os caminhos da arte, do amor, e da loucura  através de dois grandes gênios criativos, ávidos por compreensão e liberdade.

O espetáculo, apresentado pelo Vivo EnCena - programa de cultura da Vivo para as artes cênicas -, marca a abertura de mais um espaço para o teatro na cidade de São Paulo: O Grande Auditório do MASP, que terá sua programação teatral sob curadoria do Vivo EnCena.
No universo da Arte, Camille e Rodin entram em cena, criando no palco uma história de paixão e tragédia, a partir do texto de Franz Keppler, construído especialmente para essa montagem. Trata-se de um texto pulsante, que constrói a vida amorosa desses dois personagens caminhando paralelamente ao embate sobre Arte e a agitação cultural do século XIX e XX, levando o espectador a uma impactante reflexão e viagem no tempo.

De um lado, Camille Claudel, uma jovem intuitiva, dona de uma imaginação excepcional, uma mulher determinada que quebrou laços com sua classe social e a moral vigente, entrando em conflito com sua família e com as normas de conduta bem aceitas em sua época para se tornar uma artista grandiosa. De outro, Auguste Rodin, um gênio já maduro que com seu trabalho e talento, se transformou no maior escultor de todos os tempos, representando através de sua arte, as paixões humanas.

Ao chegar à cidade de Paris, aos 19 anos, Camille se torna discípula de Rodin. Posa para ele, fascina-o com sua beleza e personalidade e, mesmo diante de sua extrema exigência, ele a consulta em tudo que faz. Rodin se abre ao lirismo e à sensualidade por meio de sua paixão por Camille, e penetra na sensualidade que nunca mais irá abandonar sua obra. O diálogo amoroso se torna presente nas obras dos dois; trabalham juntos apaixonadamente.

O espetáculo reconstrói esse encontro, que se transforma numa paixão arrebatadora e em um impulso artístico para ambos, dois gênios criativos, que passaram suas vidas em busca de amor, compreensão e liberdade. Sem Camille, Rodin possivelmente não teria feito suas obras mais apaixonadas e, sem Rodin, Camille não seria a artista fantástica e nem o mito em que se transformou.

A concepção do espetáculo foge de uma forma teatral tradicional de apresentar biografias de consagrados artistas. O que interessa aqui é o sentimento essencial que os artistas trazem e que renova o olhar atual. E é assim, escapando das formalidades, que nos situamos na Paris de Rimbaud, Verlaine, Debussy, Monet, Victor Hugo.

Serviço:
Camille e Rodin
Grande Auditório do MASP

De 22 de junho de 2012
Temporada até 26 de agosto de 2012
Sexta e Sábado 21h. Domingo 19h30.
Avenida Paulista, 1578
Informações: 3251.5644
Ingressos: Sexta R$ 20. Sábado e Domingo R$ 30.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Lições brasileiras em Londres 2012


Prof. Zé Augusto*

Sim, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Londres fizeram um serviço quase perfeito, mas faltaram alguns elementos fundamentais para transformar esta Olimpíada em inesquecível. Apresento aqui então um balanço olímpico sobre minhas experiências na terra da rainha. Espero que meus alunos reflitam sobre esse aprendizado!

A primeira consideração é sobre o impecável sistema de transporte londrino. O metrô, com linhas para qualquer lugar e sempre sem superlotação, mesmo nas estações vizinhas das competições, realmente é impressionante. E o tempo entre os trens não passava de, no máximo, 5 minutos. Os ônibus também são muito eficientes e inteligentes: como no metrô, uma voz eletrônica anuncia o nome do lugar de destino antes de cada parada. O único senão, terrível para as pessoas mais velhas ou com necessidades especiais, era a inexistência de escadas rolantes ou elevadores em muitas das estações. Minha mãe, por exemplo, uma senhora de quase 80 anos, sofreu um verdadeiro calvário físico ao precisar e subir escadas intermináveis em algumas estações.

Ainda em transporte e qualidade de vida, destaca-se que o rio Tâmisa está cada vez menos poluído e oferece navegação. Ou seja, dá para pegar barcos e viajar por ele, em viagens muito gostosas. Dá pra imaginar isso na mente de um paulistano que convive com os mortos e mal cheirosos Tietê e Pinheiros? E há ainda toda uma vida cultural a gastronômica nas margens e redondezas do rio londrino. Shows nos calçadões, restaurantes, lojas, parques de diversões, pistas de skate, parquinhos para crianças, bancos e mais bancos para descansar e olhar o rio em paz, a estrutura e conforto ao lado do Tâmisa impressiona!

Agora as competições e aqui a falha talvez fundamental dos Jogos de Londres: a falta de envolvimento e calor humano dos ingleses. Qual a importância disso? Não basta uma grande organização, o envolvimento do povo local colabora demais para o sucesso de uma Olimpíada. Por isso que muitos dos brasileiros e alguns outros povos visitantes que lá estiveram reclamaram bastante da postura dos ingleses, que simplesmente não se interessavam em interagir com os povos do mundo todo presentes. Nem de responder pausadamente perguntas que fazíamos eles eram capazes. Essa falta de hospitalidade fez a emoção da cidade sede beirar a frieza. Nem bandeiras, raríssimas, eram vistas nas habitações locais. E até nos hotéis e pousadas as referências aos Jogos limitavam-se a uma televisão no saguão sintonizada na BBC inglesa transmitindo apenas as competições envolvendo os atletas da Grã Bretanha. Essa postura só mudava nas áreas de competição, com os voluntários (pessoas que trabalham de graça nos Jogos) muito bem treinados e na maioria simpáticos.

Pelo menos a turma da Rainha aprendeu com os brasileiros o que é demonstrar e oferecer alegria, torcida apaixonada e carinho em cada local em que havia o Brasil competindo. E além de torcer muito, cantando e empunhando nossa bandeira, os brasileiros ainda saíam depois cantando juntas músicas de uma brasilidade amada. Faziam isso desde os ginásios ou estádios, após os finais das disputas, até as estações de metrô. E até nosso hino nacional era muitas vezes entoado com um fervor emocionante.

Quanto aos nossos heróis olímpicos, destaco a incrível superação das meninas do vôlei e seu treinador-mestre tão competente e humano, Zé Roberto; a garra da judoca do Piauí, Sara Menezes (que nunca deixou seu estado, o mais pobre do país, e mesmo assim se tornou a melhor judoca do planeta) e os outros medalhistas do tatame; a quase medalha e a postura sempre crítica contra a falta de apoio em seu esporte no país, de Diogo Silva, do tae kwon do; e o ouro histórico da ginástica de Arthur Zanetti, talento que foi descoberto por um profissional vital nesse país, o professor de educação física dos seus tempos de escola. Claro que outras medalhas também são valiosas, pela dificuldade de ser um atleta de outra modalidade que não o futebol nesse país.

Bom, vou parando por aqui, queridos alunos e alunas, porque tenho uma pilha enorme de trabalhos sobre a Olimpíada para ver e corrigir! “É, Zé, você pediu, agora vai ficar dias checando tudo!” hehe. Mas farei isso com orgulho dessa molecada que deu o sangue nesses trabalhos tão caprichados! Vocês foram guerreiros!

* José Augusto (O Zé) é Jornalista e professor de redação no Colégio Horizontes. Esteve em Londres durante as Olimpíadas e escreveu este texto especialmente para o Blog da Revista do Grupo A.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A história da Chupeta



Lucinha estava com quatro anos e carregava sua chupeta de estimação para todo lado. Isso constrangia bastante a mãe, que já havia sido alertada por várias pessoas: educadores, dentista, amigos. Já tentara de muitas maneiras fazê-la largar: promessas, ameaças, comparações... tudo em vão. Até que um dia, a caminho da escola, atravessando uma ponte sobre o rio, a mãe  sugeriu a Lucia que  jogasse a chupeta para o rio levá-la. A menina concordou e combinaram que no dia seguinte fariam isso. Proposta ousada, pois não haveria retorno... Assim foi feito, e como das outras vezes, a garotinha pediu de volta o objeto querido. Então a mãe explicou que a chupeta não poderia voltar, mas propôs a Lucia que construíssem um barquinho de papel e o jogassem no rio para ele fosse encontrar-se com a chupeta. A partir de então, Lucinha colocou vários barquinhos na água, até que um dia 'se esqueceu' da chupeta...

Sabemos que muitos pais enfrentam a dificuldade de ajudar seus filhos a se desprenderem de objetos, ou de atitudes que se fixam insistentemente. A substituição dessas ligações deve ocorrer como um barquinho que desliza na água, passando de um lugar para o outro. Os adultos que acompanham esses movimentos de passagem são testemunhas das novas aquisições que surgem quando a criança larga a chupeta, deixa a mamadeira, para de chupar o dedo. Aparecem desenvolvimentos na fala, nas brincadeiras, nos interesses por companheiros, na coordenação motora.

A mãe do nosso exemplo teve uma ideia bastante criativa: forneceu o recurso para que a pequena pudesse se soltar do objeto ao qual estava atada. A menina ficava um bom tempo do dia parada, praticando o chupeteio com o olhar meio perdido, desligada do mundo ao seu redor. Ela ajudou a garota a se divertir com outro prazer, o de fazer barquinhos irem pelo rio e imaginar histórias.
Esperamos que Lucia continue encontrando  e usando  recursos que lhe permitam circular por águas antes não navegadas...

Helena Mange Grinover - Psicologia Clínica; professora na UNIP e do Departamento de Psicanálise Instituto Sedes Sapientiae; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br/


Marcia Arantes – Psicóloga; professora de Orientação Profissional - Faculdades Paulistanas; Trabalho de Promoção do Desenvolvimento Pessoal para Professores e Alunos do Instituto Europeo Di Design; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br

Dados da Educação básica no Brasil


A Prova Brasil é aplicada de dois em dois anos em praticamente todas as escolas públicas e em algumas escolas particulares para medir o nível de conhecimento dos alunos. Juntamente com a taxa de aprovação, a nota dessa prova compõe o IDEB (Índice Desenvolvimento da Educação Básica) também calculado a cada dois anos.

Aluno do ensino médio na escola pública sabe menos que o do fundamental na particular 

Karina Yamamoto
Do UOL, em São Paulo
Alunos de colégios particulares, mesmo tendo estudado menos anos, sabem mais que os estudantes de escolas públicas em séries superiores.

IDEB 2011

  • Arte/UOL
    Clique no mapa e veja o Ideb por Estado em 2011
Os conhecimentos de matemática e português de um aluno no 9º ano do ensino fundamental (antigo ginásio) em colégio particular são maiores que os de estudantes do ensino médio (ex-colegial) em escola pública.
É o que demonstram os dados da Prova Brasil de 2011, cujos dados foram divulgados na terça-feira (14) pelo MEC (Ministério da Educação).
Um aluno da rede privada sai dos anos finais do ensino fundamental (9º ano) com pontuação 298,42 em matemática enquanto um aluno da rede pública termina o ensino médio com conhecimento de 265,38 pontos na escala Saeb, que vai de 0 a 500.
Em português acontece o mesmo: na escola particular, o aluno do 9º ano tem proficiência de 282,25. Já o estudante da rede pública alcança ao final do ensino médio com 261,38 em português. 
Veja matéria completa:

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Feira de Livros no Horizontes



O Colégio Horizontes realizou na semana passada a sua tradicional Feira de Livros, voltada a todas as turmas do colégio e também aberta aos pais. Um momento em que estavam à disposição livros de diferentes editoras e para as diversas faixas etárias.

Este ano a Feira de Livro também contou com a presença do palhaço Pelanca e sua trupe Forças Armadas, que animaram os menores com suas histórias e palhaças. Nesta edição o evento foi organizado pela Casa do Livro, uma distribuidora/livraria especializada em escolas
















Feira de Profissões - Horizontes e Liceu


No último dia 10, o Colégio Horizontes realizou a 8ª edição da Feira de Profissões, em parceria com o Liceu Santa Cruz. O evento teve por finalidade proporcionar aos alunos do 9º do EF ao 3º do Médio, um contato maior com diferentes profissões e faculdades, através de palestras e também com a presença de consultores das instituições que distribuíram farto material contendo informações, e sanearem as dúvidas dos alunos em relação a cursos, vestibulares e mercado.
A programação de palestras trouxe profissionais das áreas de maior interesse, escolhidas pelos próprios alunos.  As palestras abordaram as seguintes profissões:
- Publicidade e Propaganda
- Gastronomia
- Direito
- Medicina Veterinária
- Design de Games
- Engenharia Civil
- Administração / Economia
Todas as palestras foram  ministradas por profissionais atuantes em suas áreas que contaram um pouco do dia a dia, mercado de trabalho e também sobre o curso de graduação.
A abertura do evento foi feita pela aluna Catarina Bruggeman dos Santos - 9° EF do Horizontes - que demonstrou todo o seu talento para a música, sendo aplaudida de pé  por todos. Catarina foi acompanhada por Rafael Felix Passos - piano, aluno da Escola Municipal de Música e por Igor Corôa Beares, aluno do 8º ano, também do Horizontes.  Já o encerramento ficou por conta da Banda Panda Attack, que tem como guitarrista outro aluno do colégio, João Pedro O Rocha, e ainda  Fernando – Baixo; Gabriel – Vocal; Vitor – Guitarra; Lucas – Bateria. Os meninos também mandaram muito bem. Destaque especial para o aluno, João Pedro, do 2º Médio.