segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Feijão celebra Mário de Andrade

Comemorando o 70º aniversário da morte de Mário de Andrade, a ser completado no próximo dia 25, a Companhia do Feijão realizará um ciclo comemorativo relâmpago de atividades entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março.

Na programação, duas apresentações e uma leitura cênica de espetáculos da companhia criados a partir de obras de Mário de Andrade ou a ele relacionados, além de uma palestra, apresentações de artistas convidados e um sarau comemorativo. Todas as atividades serão gratuitas e acontecerão na Companhia do Feijão, no Teatro Escola Célia Helena e na Paidéia Associação Cultural.

Programação GRATUITA

Dia 25/02 – quarta-feira 20h
– Espetáculo Armadilhas brasileiras, com a Companhia do Feijão
Local: Companhia do Feijão

Dia 26/02 – quinta-feira 19h
– Palestra: Da inspiração à transpiração, com Pedro Pires
Local: Teatro Escola Célia Helena

Dia 27/02 – sexta-feira 20h
– Leitura cênica: O ó da viagem, com a Companhia do Feijão
Local: Companhia do Feijão

Dia 28/02 – sábado 17h
– Espetáculo de rua: Reis de Fumaça, com a Companhia do Feijão
Local: Paidéia Associação Cultural

22h – Sarau comemorativo, com a Companhia do Feijão e artistas convidados
Local: Companhia do Feijão

Dia 1º/03 – domingo 19h
– Espetáculo convidado: Macunaíma no país do Rei da Vela, com a Cia. Antropofágica
Local: Companhia do Feijão


Mais informações Companhia do Feijao  

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Um pouco da história do Carnaval brasileiro

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem europeia.

No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.


 O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.

Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta
cidade durante o carnaval.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.


Fonte: www.suapesquisa.com

Dicas de folia para a criançada

O Carnaval chegou e muita gente não vai sair da cidade. Para os que ficam está na hora de programar o que fazer com os pequenos, para que possam aproveitar esta festa tão especial. Veja algumas dicas de muita diversão nestes dias:

Carnaval no MAM
Quem quiser aproveitar o carnaval no Parque Ibirapuera tem boas opções de diversão. O setor educativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo promove uma animada programação para crianças e adultos durante o feriadão da folia e todo o mês de fevereiro, com oficinas infantis e apresentações musicais indicadas para todas as idades.
Veja a programação completa no site do MAM

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo (Parque do Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3 T.

Espaço de Leitura do Parque da Água Branca

O Espaço de Leitura, projeto do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (FUSSESP), apresenta sua programação especial para o mês do Carnaval. A programação especial festeja os ritmos tradicionais da cultura afro-brasileira com apresentações de dança, música, cortejo e ciranda durante o mês de fevereiro.

Atividades educativas para os pequenos incluem oficina de confecção de adereços e fantasias. Na terça-feira de Carnaval (17), a matinê será ao som da Banda Chiquita Margarida, para os pequenos e os grandinhos caírem na folia do Bailinho de Carnaval do Espaço de Leitura. As atividades para toda a família são gratuitas e acontecem no Parque da Água Branca.

Veja a programação completa no site do Espaço da Leitura:
www.espacodeleitura.org.br

Local: Parque da Água Branca – Rua Ministro Godói, 180 – Perdizes. Tel.: (11) 2588-5918
Data: sábado  e domingo
Horário: 13h ou 15h verificar
Recomendação: para todas as idades
Valor: grátis

Carnaval Mamusca
O Mamusca, espaço para pais e crianças se divertirem, promete lotar o salão com muitas marchinhas, confete e serpentina!

No sábado dia 14/2 funcionará normalmente e contará também com a oficina de Parangolés, espécie de fantasia concebida pelo artista carioca Helio Oiticica.

Confecção de Parangolés: R$30/hora (para crianças de 3 a 6 anos)
Arteirinhos: R$65 (com material), para pequeninos de 18 a 36 meses
Brincadeiras Musicais: R$60 (para pequeninos de 12 a 36 meses)
(Horário normal de funcionamento aos sábados)

No domingo 15 a Trupe Pé de Histórias vai comandar a folia misturando música, teatro, dança para pequenos de até 6 anos e também para os marmanjos que os acompanham. O baile terá uma hora de duração sob o tema “No Carnaval tudo pode, pode tudo” – cantigas antigas e clássicos do Carnaval de rua resgatam a essência carnavalesca para a nova geração. Um grande desfile de personagens de contos infantis, Rei Momo e a história de amor entre um folião e uma boneca serão algumas das surpresas do dia.


Local: Rua Joaquim Antunes 778, Pinheiros. (entre Arthur de Azevedo e Teodoro Sampaio)
Tel (55 11) 2362 9303.
Horários  Das 10h às 13h
Recomendação: Crianças de 0 a 6 anos
Valor:  R$40 Criança e R$60 adulto

Carnaval na Fazendinha Estação Natureza

 A Fazendinha é na capital de SP, um programa bacana para levar as crianças pequenas interagirem com os animais.  Situada na capital de SP, em uma área de 10 mil m²,  retrata um ambiente rural com os animais de campo e o contato prazeroso com a terra.

Lá as crianças passeiam de pônei, aprendem a ordenhar e até a fazer pão!

E eles programam o Carnaval na Fazendinha com Oficina de máscaras e Bailinho para toda a família.

Local: Avenida Washington Luís, 4.221, Santo Amaro. Tel: 011 5034-0937
Data Carnaval : 14,15,16,17 e 18/02
Horário: 10h às 17 horas.
Recomendação: 1a 9 anos
Valor:  R$ 40 (crianças de 2 anos completos já é pagante)
www.estacaonatureza.com.br/

Beatles para Crianças
Beatles para Crianças apresenta sons originais dos Beatles e marchinhas adaptadas dos hits da banda.

“Ob-la-di ob-la-da / life goes on bra! / La-la how the life goes on!.” O animado refrão eternizado pelos Beatlesfoi repaginado pelo músico Fábio Freire para animar o Carnaval da criançada. Além de Ob-la-di Ob-la-da, três outras canções dos rapazes de Liverpool viraram marchinhas que vão ser apresentadas no Teatro UMC, na Vila Leopoldina. São elas A Hard Day’s Night, Get Back e All My Loving. Este é o Beatles para Crianças especial de Carnaval, espetáculo que acontece nos dias 14 e 15 de fevereiro, sábado e domingo, às 16 horas.

Local: Teatro UMC Av. Imperatriz Leopoldina, 550. São Paulo.
Data: 14 e 15 de fevereiro
Horário:  às 16 horas.
Recomendação: livre
Valor: Antecipados – R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia) na bilheteria – R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia).
www.teatroumc.com.br


Bailinho de Carnaval da Palavra Cantada

O show mais animado da dupla Paulo Tatit e Sandra Peres, que já é tradição no carnaval de várias cidades do Brasil, aterrissa em São Paulo para sua edição 2015 no dia 15 de fevereiro no  HSBC Brasil.

Os arranjos viajam nos ritmos brasileiros e exploram a percussão como chave da atenção das crianças, que cantam junto cada verso das antigas e novas canções do grupo.

O público é convidado a ir de fantasia e trazer confete, serpentina e disposição para dançar na pista.

Local: HSBC . Rua Bragança Paulista, 1281. São Paulo.
Data: 15/2/2015
Horário: 15h e 18h.
Recomendação: crianças pequenas acompanhadas dos pais


Carnaval no SESC
Todas as unidades do Sesc estão com programação diversificada para a garotada neste carnaval., soa oficinas, bailes, blocos e muita animação.

Confira a programação completa no site do SESC

www.sescsp.org.br/

Pelada Não!

Quero tomar banho sozinha! Saia do banheiro!’ Esse é o apelo da menininha de 6 anos , no momento de se despir. Mais uma recomendação: ‘não deixa ninguém entrar!’. Novidade para os pais, pois até esse momento, ela não parecia se importar com sua nudez.

Sabemos, a partir desse pedido, que sua relação com o próprio corpo mudou. Ela quer preservá-lo dos olhares, criou uma noção de intimidade, de que nem tudo é para ser compartilhado. Seu desenvolvimento em direção à sexualidade adulta deu mais um passo. O prazer sexual, tal como um adulto experimenta, ainda está longe do seu universo. Entretanto, começam a se criar condições , a partir de contornos do que é privado, reservado, para que ele se desabroche. Sem esses limites claros, não há prazer.

Os pais, por sua vez, costumam ter dúvidas quanto a exporem sua própria nudez aos filhos. Alguns acreditam que a questão deveria ser tratada de maneira bem `natural´ e propositalmente ficam sem roupas diante das crianças. Às vezes, passam por cima do próprio constrangimento, por acreditar que isso fará bem aos pequenos.

Esse constrangimento, porém,  é o indicio de que um limite foi ultrapassado. O papel dos pais se fortalece quando sua intimidade não é compartilhada com os filhos. Fazer de conta que a nudez é natural, na nossa cultura, é artificial, e atrapalha o entendimento da criança de que seu lugar na família não é o mesmo que o dos pais.

No nosso ambiente social, desfrutar da interação com o corpo inteiramente nu de um adulto faz parte do relacionamento sexual. A nossa garotinha, que já percebe isso a seu modo, preserva o futuro dos seus desejos.  E não venham lhe dizer que isso é bobagem!

Marcia Arantes e Helena Grinover

Os pais e a escola sob medida

Uma leitora enviou correspondência em que comenta as reuniões de pais nas
escolas. Disse que vai a todas e que sai horrorizada porque alguns pais se acham no direito de cobrar da instituição escolar atitudes educativas que ela considera dever da família. Outro leitor contou que ouviu pais se manifestarem totalmente contrários às posições da escola e que não entende como eles podem manter o filho na mesma. Já é hora, portanto, de avançarmos na reflexão da delicada relação escola-família.

Esses nossos leitores, muito sagazes, constataram que há um grande número de
pais, notadamente entre os que matriculam os filhos em instituição particular, que acreditam poder exigir uma escola sob medida para seus filhos.
Isso leva a pedidos ou exigências dos mais absurdos, como a troca de turma para o filho estar com amigos, troca de professor de sala ou de disciplina, maior ou menor quantidade de lição a ser feita em casa etc. Isso sem falar da relação pouco respeitosa que os pais mantêm com as regras de funcionamento da escola, tais como horário de chegada e de saída, datas e prazos, uso de uniforme, uso de telefone celular etc.
]
Por que tais solicitações são absurdas? Porque a escola é o lugar de transição entre família e mundo em que os alunos aprendem, entre outras coisas, a viver sem escolher. Essa é uma das características da vida pública: não escolhemos os colegas com quem iremos trabalhar, as pessoas que estarão ao nosso lado no trânsito, as datas para pagar contas e tributos e as leis que temos de respeitar.
Precisamos nos lembrar sempre de que a escola tem o dever de preparar os mais
novos para a cidadania. Por isso, demandas dos pais que privilegiam o âmbito privado não fazem sentido algum quando consideramos esse exercício que os filhos devem fazer ao freqüentar a escola.

Esse aprendizado também tem sido dificultado pelo constatado declínio do
trabalho educativo das famílias. Os alunos chegam à escola muitas vezes sem o processo básico de educação em curso. Mas, ao contrário do que muitos professores pensam, isso se deve pouco ao descaso ou à ausência dos pais e mais à nossa cultura que "juveniliza" os adultos. É que os jovens - não me refiro à idade cronológica - têm dificuldades de estabelecer relações educativas com os filhos.

Tal fato tem gerado muitas reclamações por parte da escola, porque os mestres,
tanto quanto os pais, também estão submetidos a essa cultura. Uma coisa é certa: pais e professores têm objetivos comuns e precisam constantemente recordar que é a educação dos mais novos o foco de sua tarefa educativa. A maioria dos conflitos entre eles não considera esse ponto, e sim anseios próprios de cada um deles.

Enquanto tivermos pais aflitos com o que consideram sofrimento dos filhos na
escola e em busca de soluções fáceis e escolas mais comprometidas com novas
metodologias e com a busca de determinados perfis de alunos em vez de com o uso do rigor e da exigência para alcançar um ensino de qualidade, a relação entre ambos será, necessariamente, conflituosa e desastrosa. Quem perde são os mais novos, que deveriam nortear todo nosso trabalho.


Texto: Rosely Sayão