A instalação que o
artista Kaio Romero inaugura no dia 18 no Memorial da América Latina tem como
tema e leva o nome do livro Inútil Canto, Inútil Pranto pelos Anjos Caídos, que
Plínio Marcos, morto em 1999, escreveu 20 anos antes. A exposição fica em
cartaz até 21 de julho sob a marquise do Pavilhão da Criatividade.
O trabalho de
Romero – mais conhecido lá fora - desperta curiosidade: na busca de novos
significados e formas para linhas e cores que dialoguem com o conteúdo (estilo
a que chama de literatura críptica), ele, tal qual no texto de Plínio, utiliza
mecanismos da repetição, do recorte e da colagem de textos literários para
narrar a decadência do orgulho indígena. No seu livro, o personagem do velho
índio é incitado a “ver, ver de ver, ver de perceber, ver de penetrar nas
entranhas das coisas, ver de enxergar o essencial.”
Parte da pesquisa
que ele fez para chegar ao formato desejado teve como fonte as obras de
artesanato popular dos povos latino-americanos expostas no Pavilhão da
Criatividade. Paulista, de formação europeia em digital designer, Kaio Romero
já expôs em Londres, Nova York e Berlim e agora, pela primeira vez, em São
Paulo.
A obra, de
5mx1,75m, é composta de várias lâminas de papelão em relevo e de tamanhos
variados, com pinturas de padrões na cor preta que se intercalam em uma trama
que cobrirá parte da fachada externa do Pavilhão da Criatividade.
Serviço:
Instalação Kaio
Romero
Inútil Canto,
Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos. Plínio Marcos
Marquise do
Pavilhão da Criatividade
De 18 de junho a 21
de julho
Das 9h às 18h
Entrada Gratuita
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