sexta-feira, 17 de maio de 2013

Augusta ComVida pretende tornar o espaço público mais harmonioso

A rua Augusta é um dos endereços culturais da cidade de São Paulo -  isso todo mundo já sabe. Mas já parou para pensar como o espaço da rua é mal aproveitado? O LAB-SP, iniciativa do Instituto Escola São Paulo, pretende fazer com que a rua ganhe ainda mais vida e torne-se um ambiente mais agradável, incentivando a convivência e o acesso à cultura com o projeto Augusta ComVida.


No domingo 19, das 12h às 18h, entre a alameda Franca e alameda Jaú, o grupo irá instalar quatro jardins verticais e realizar uma ocupação cultural.

Os quatro jardins verticais serão instalados na faixada de lojas da rua. Segundo Guil Blanche, diretor Executivo do Movimento 90º, responsável pelos jardins verticais, as calçadas da Augusta são muito estreitas e, com o grande número de veículos e ônibus que circulam, a relação entre pedestre e rua fica afogada e ruim.

“Os jardins amenizam o barulho dos carros e diminuem as temperaturas, pois o local fica exposto ao sol por muito tempo”, conta Blanche.

“Mas o benefício maior é em relação a poluição, o jardim consegue diminuir em 60% quantidade de partículas inaláveis”, lembra Blanche.

Além dos jardins verticais, será realizada uma verdadeira ocupação cultural da rua, que quer estimular  as pessoas a trazer ideias e soluções para a melhoria do espaço público.

Para Luiza Arcuschin, diretora do Instituto Escola São Paulo, que promove o LAB SP, o Augusta ComVida é uma iniciativa para conectar movimentos e projetos com o espaço urbano, mais especificamente a rua. “Escolhemos a rua Augusta pelo potencial, histórico e diversidade. É um microcosmos brasileiro”, comenta. Para ela, a rua ainda é um espaço um pouco hostil para o cidadão, pois é íngreme, não tem sombra, local para descansar e calçadas adequadas. “Queremos transformar a rua Augusta em um destino e não apenas um caminho”, reflete Arcuschin.

Entre as atividades do dia, a instalação sonora Promenade, desenvolvida pelo músico e compositor Dudu Tsuda, mostrará a Augusta como você nunca viu, ou melhor, ouviu. A ideia é criar uma peça sonora que faz o ouvinte caminhar pela rua enquanto tem diversas sensações. Segundo os organizadores, a intervenção é uma alteração da paisagem sonora da rua e uma redescoberta do espaço público.

O coletivo também vai criar um espaço de convivência entre a calçada e a vaga dos carros com mobilário urbano – um local para sentar, conversar e trazer a imaginação de volta para as ruas. A ocupação leva o nome de Imaginário Convocatório.

Fonte:   Catraca Livre  

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