sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A pressão na época do vestibular



A Celi Piernikarz, Orientadora do Colégio Horizontes, deu uma entrevista para o site: Seja Bixo, onde abordou a pressão que os adolescentes, muitas vezes, sofrem em casa na época do vestibular. Confira:


Pressão dentro de casa

Saiba como lidar com a pressão de pais ou familiares sem perder o foco nos estudos para o vestibular

Por Marina Ogawa

Engano de quem pensa que os pais são os que mais apoiam seus filhos na hora de prestar vestibular. Muitas vezes eles não dão o suporte necessário e cobram coisas do vestibulando para as quais ele não está preparado. Parte do vestibular depende não só dos estudos, mas principalmente do psicológico. Quem está despreparado, corre mais riscos de não ir bem e desperdiçar dias, meses ou até mesmo anos de estudos.

De acordo com a psicoterapeuta e orientadora profissional, Celi Piernikarz, os pais querem tanto algo de seus filhos que acabam atrapalhando a época de estudos, e até mesmo a hora da prova, onde o nervosismo é ainda maior. "Existem pais que pensam que só porque passaram em faculdades públicas ou fizeram um determinado curso, o filho tem de fazer igual ou melhor. Mas as coisas não são assim", comenta Celi sobre casos que ela já presenciou durante orientações em família. Tudo que possui muita cobrança e expectativa, frustra e isso prejudica no desempenho do aluno, seja na hora dos estudos ou no dia da própria prova.

E como fazer para superar as expectativas dos pais? Essa é uma das perguntas que rondam os alunos que querem satisfazer os mais velhos, e não suas próprias vontades. "O aluno tem que seguir o que ele quiser como carreira. Ir para a faculdade é o início de um novo ciclo. Ele tem que fazer sua escolha, e não a de seus pais".

Muitos pais ou familiares ainda pressionam os vestibulandos na esperança de que ele tome o rumo que eles julgam como certo, sem possibilidades de escolha. "Existem muitos pais que querem para os filhos o que eles não puderam ter, aqueles que também foram pressionados há anos e aqueles que querem que os filhos sigam o mesmo caminho que eles tomaram".

Nossa dica para você, vestibulando, é analisar se o que os seus pais querem que você siga, é realmente sua vontade e, também, buscar um equilíbrio entre as opiniões. Mas não se esqueça, o que realmente importa é a sua vontade.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Que Pesadelo!


Soninha, que tem quatro anos, teve um terrível pesadelo à noite. Um bicho muito feio e grande corria atrás dela tentando mordê-la. Ela gritava, procurava escapar, até que acordou chorando, e se deparou com a mãe que vinha acalmá-la. Muito brava e assustada, perguntou: 'porque você  não foi lá para me ajudar?'

Entre 3 e 6 anos aproximadamente, é comum as crianças terem pesadelos com temas  relacionados a situações de perseguições, devoramentos, desaparecimentos, ataques, diante das quais ficam incapazes de se proteger.

Os sonhos são uma produção psíquica que nos permite continuar a dormir enquanto a cabeça prossegue ativa, buscando digerir as experiências vividas. Quando a angustia que surge no sonho é grande, ele perde sua função de manter o sono e acordamos.

 Uma criança como a do nosso exemplo, não é capaz ainda de fazer completamente a distinção entre o que pertence à realidade e o que é sonho. O crescimento lhe permitirá reconhecer quando se trata de um produto do seu mundo interno.

Muitas vezes, para acalmar os filhos, os pais tentam separar o pesadelo do resto da vida, diminuindo a importância do sonho: 'é bobagem, não é de verdade!' . Enganam-se. Soninha, quando corre do bicho, mostra que está enfrentando ameaças  diante das quais se sente enfraquecida. Essas situações ameaçadoras podem não estar ocorrendo 'na realidade'.

Entretanto, são verdadeiras para a criança que, especialmente nessa fase da vida, experimenta rivalidades, sentimentos de exclusão e desejos de excluir. Está em plena luta por seu lugar no mundo, pelo amor dos pais.

Conversar sobre esses bichos, deixá-la falar sobre eles, pensar o que poderia fazer para se proteger, são recursos que podem ajudá-la. Com o tempo, encontrará maneiras de enfrentar as ameaças, que não lhe 'tirem o sono'.

Helena Mange Grinover - Psicologia Clínica; professora na UNIP e do Departamento de Psicanálise Instituto Sedes Sapientiae; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br/

Marcia Arantes – Psicóloga; professora de Orientação Profissional - Faculdades Paulistanas; Trabalho de Promoção do Desenvolvimento Pessoal para Professores e Alunos do Instituto Europeo Di Design; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br

Encontros pela Educação de Qualidade


A Editora Moderna realiza no próximo dia 29 de setembro, o evento Encontros pela Educação de Qualidade, com o tema: Contextualizar e sistematizar os conhecimentos na cultura digital. O encontro terá como palestrante Ricardo Dreguer, Bacharel e Licenciado em História pela USP, especialista em História da Arte, Professor do Ensino Fundamental por vinte anos.

Serviço:
Data: 29 de setembro
Das 8h às 12h30
Local:  Hotel Renaissance – Alameda Santos, 2233
Inscrições: Tel. (11) 2076-7905

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dia Nacional do Teatro


O teatro brasileiro teve sua origem no século XVI, em 1564, quando o Brasil passou a ser colônia de Portugal. Os padres da chamada companhia de Jesus, os Jesuítas, vieram para catequizar os índios, e com isso trouxeram suas influências culturais como a literatura e o teatro. Este então foi usado como instrumento pedagógico, em princípio para a educação religiosa, já que os índios tinham uma tendência natural para a música e a dança, e sendo assim os Jesuítas se utilizaram de elementos da cultura indígena e perceberam no teatro o método mais eficaz como instrumento de "civilização"

Pelo fascínio da imagem representativa, o teatro era muito mais eficaz do que um sermão,por exemplo. Nota-se, portanto, que a origem do teatro no Brasil é religiosa, assim como boa parte das manifestações culturais. Nessa época o Padre Anchieta era o responsável pela autoria das peças,ele escreveu alguns Autos como "Na festa de São Lourenço", também conhecido como "Mistério de Jesus", e o "Auto da Pregação Universal", escrito entre 1567 e 1570, e representado em várias regiões do Brasil, por vários anos.


No entanto, o principal objetivo era a catequese, por isso com esses elementos também estavam os dogmas da Igreja Católica . Sendo assim, as comédias e tragédias eram pouco representadas. A opção ficava com os autos sacramentais, que tinham caráter dramático, e, portanto, estavam impregnadas de características religiosas.

Até 1584 as peças eram escritas em tupi, português ou espanhol, quando então surgiu o latim. Os autos tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, representados por personagens de demônios, santos, imperadores e algumas vezes apenas simbolismos, como o amor ou o temor a Deus. Os atores eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e nos colégios.

O teatro brasileiro criou forças com o início do Romantismo, no século XIX, por volta de 1838, impulsionado por alguns grandes escritores como Martins Pena, que foi um dos pioneiros com suas comédias de costumes, Artur de Azevedo, Gonçalves Magalhães, o ator e empresário João Caetano, o escritor Machado de Assis e José de Alencar.

O desenvolvimento do teatro aconteceu quando escravos brasileiros libertados na Nigéria, em 1880, fundaram a primeira companhia dramática brasileira, a Brazilian Dramatic Company. Mas foi somente em 1900 que o teatro se consagrou. Embora tenha enfrentado fortes crises políticas do país, conseguiu com muita luta a sua independência. O teatro passou por momentos difíceis na época da ditadura. Entre 1937 e 1945, não fosse a ideologia populista que se manteve ativa por meio do teatro de revista, ele teria sido extinguido. Surgem as primeiras companhias estáveis do país, com nomes como Procópio Ferreira, Jaime Costa, Odilon de Azevedo entre outros.

Outro período importante foi quando Paschoal Carlos Magno funda o Teatro do Estudante do Brasil, no ano de 1938. A partir daí começam a surgir as companhias experimentais de teatro, que estendem-se ao longo dos anos, marcando a introdução do modelo estrangeiro de teatro no país, firmando então o princípio da encenação moderna no Brasil.

Em 1948 é fundado pelo italiano Franco Zampari o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), uma companhia que produzia teatro da burguesia para a burguesia, importando técnicas e repertório, com tendências para o culturalismo estético.

Já em 1957 surge o Teatro de Arena de São Paulo, a porta de entrada de muitos amadores para o teatro profissional, e que nos anos seguintes tornaram-se verdadeiras personalidades do mundo artístico.

Com o Golpe Militar em 1964, as dificuldades aumentam para os diretores e atores de teatro. A censura faz com que muitos artistas tenham de abandonar os palcos e exilar-se em outros países. Restava às gerações futuras manterem vivas as raízes já firmadas, e dar um novo rumo ao novo estilo de teatro que estaria para surgir.

Concurso Cultural FTD


Que tal viajar para um diferente estado brasileiro e conhecer uma cultura bem diferente da sua?

Participe do nosso Concurso Cultural: Os vários sentidos da cultura brasileira! Para concorrer, o aluno deve elaborar um texto que verse sobre obras esculturais ou urbanísticas, folclore regional e demais elementos referenciais da cultura originária de seu estado.

O concurso está aberto a estudantes do 5º ao 9º ano de escolas públicas e privadas do território nacional e vai até o dia 30/11/2012.

E ainda: cada ganhador indica um professor que também será premiado!

Mais informações FTD

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Experiências poéticas para crianças e seus acompanhantes no MAM




Os educadores do MAM – Museu de Arte Moderna - prepararam roteiros especiais para a participação das crianças e adultos: visita mediada à exposição Adriana Varejão - Histórias às Margens e a realização de práticas artísticas relacionadas aos temas abordados durante o percurso.

As propostas envolvem pais e filhos, estimulando o diálogo e a interatividade entre os participantes a partir da fruição e prática artística.

As visitas acontecerão nos dias 16 e 23 de setembro, com entrada gratuita.



Informações:
MAM São Paulo
Parque Ibirapuera, portão 3
educativo@mam.org.br
Tel.: (11) 5085-1313

Criança não namora


Assim se inicia uma conversa entre a menina de oito anos e sua mãe: 'Mãe, sabia que a Rita namora o Edu?'. Assustada e curiosa a mãe pergunta: 'O que eles fazem, filha? '. 'Ficam juntos, ué!'. ' Mas juntos como?' 'Ah, mãe, você sabe'. 'Não sei, como é? Beijam, beijam na boca?' 'Sei lá ', diz a criança com um gesto de quem perdeu a paciência e se distancia calada.

Na faixa de sete a onze ou doze, há ensaios e maior abertura para amizades, mas os  laços amorosos mais importantes ainda permanecem atados ao grupo familiar.
Namoro é o que acontece após a puberdade, quando o desejo de amor e carinho se concentra fortemente nas figuras de fora da família.

Seria interessante que o dito 'namoro' das crianças pudesse ser visto por seus pais e educadores como uma atividade completamente diferente daquela dos adolescentes e adultos. Trata-se, na infância, de relações movidas pela curiosidade, pelo desejo de imitar os mais velhos. As preferências afetivas são instáveis e periféricas.

Os educadores, ao atribuírem precocemente uma etapa sexual à criança, a afastam daquilo que é próprio da idade, como o aprendizado escolar, o companheirismo nas brincadeiras, o convívio despreocupado e espontâneo entre meninos e meninas.

A garota da nossa história fala de 'namoro' para ver o que sua mãe comenta sobre o assunto. A mãe, talvez assustada com a própria interpretação dos fatos, se expressa como quem está diante de um relacionamento de adolescentes.  Deixa, dessa maneira, a menina confusa e inibida com a dificuldade de explicar o que está se passando. Cabe aos adultos apontar a diferença entre brincar e namorar, imitar os mais velhos, ser criança e ser adolescente.

A Rita e o Edu 'ficam juntos' na hora do lanche, depois correm com os amigos pelo pátio...

Helena Mange Grinover - Psicologia Clínica; professora na UNIP e do Departamento de Psicanálise Instituto Sedes Sapientiae; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br/


Marcia Arantes – Psicóloga; professora de Orientação Profissional - Faculdades Paulistanas; Trabalho de Promoção do Desenvolvimento Pessoal para Professores e Alunos do Instituto Europeo Di Design; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Mostra de cinema e debates no Memorial


A partir da próxima quinta, 13 de setembro até 6 de dezembro, a Fundação Memorial da América Latina apresenta o projeto “Civilizações migrantes: Migrações e direitos humanos”. Promovido pelo Instituto Norberto Bobbio – Cultura, Democracia e Direitos Humanos, em parceria com a Comissão Municipal pelos Direitos Humanos de São Paulo, a Associação Cidade Escola Aprendiz, o Centro de Estudos Migratórios/Missão Paz, além do próprio Memorial. Coordenado pelo professor italiano Maurizio Russo (doutor em história pela Universidade de Nancy), o projeto organiza encontros nos quais são exibidos filmes que tratam de alguma forma do tema “imigração”. Essas películas são então comentadas e debatidas por especialistas e personalidades do mundo acadêmico e cultural. O evento será no Auditório da Biblioteca Latino-americana Victor Civita, com entrada franca.

Ao longo do ano, essa “mostra-seminário” Cinema e Migração realiza um percurso pela estética e história do cinema internacional e faz uma reflexão sobre como o cinema se faz memória de um fenômeno fundamental da história da humanidade: a migração. O cinema é um produto cultural complexo de uma sociedade, narrativa que recolhe a memória de seus fenômenos relevantes, que marcaram sua história. O cinema conservou e transmitiu a memória da migração, testemunhando um fenômeno de grande relevância social, política, econômica em sua evolução através dos anos, desde o pós-guerra até os dias atuais. Os trabalhos artísticos de autores como Pietro Germi, Franco Brusati, Luchino Visconti, Ettore Scola, Mathieu Kassovitz, Kean Loach, entre outros, narram com olhar crítico, irônico, dramático ou grotesco a história das sociedades contemporâneas que vivem o fenômeno da migração como um dos aspectos fundamentais da sua própria evolução.

As migrações caracterizam a história da humanidade desde os tempos mais antigos, mas muitas vezes são apresentadas como fenômenos estranhos e antinaturais.

A Itália, por exemplo, teve seu passado de migração e tem o seu presente de país objetivo ou ponto de passagens de novos migrantes. A dificuldade em reconhecer estas duas realidades como relacionadas e normais deixa pouco claro o juízo sobre o fenômeno migratório. Em vez de ser visto como um problema concreto do nosso mundo ao qual dar respostas coerentes, a migração é utilizada por políticos inescrupulosos para fins eleitoreiros. Incapazes de dar respostas aos problemas da sociedade, partidos xenófobos tem utilizado a presença dos trabalhadores estrangeiros de modo demagógico, fomentando o sentimento racista.

O cinema é a memória revisitada, e nas mãos desses intelectuais-artistas, narra, conta, descreve o que é ser migrante, em lugares e em épocas diferentes, distantes no tempo e no espaço, deixando uma série de interpretações sugestivas e artísticas, e também altamente críticas do que foi por exemplo, a migração italiana no mundo. O seminário traça a história desta memória por meio de algumas obras fundamentais da cinematografia, favorecendo o encontro de São Paulo, apelidada “a cidade da migração”, com a memória desta migração.


Serviço:
Mostra Cinema e Migração
A partir de 13 de setembro
Memorial da América Latina
Auditório da Biblioteca Latino-americana Victor Civita
Portões 1 e 5 .

Edemur Casanova expõe trabalhos no CIEE


O professor e ex-diretor do Centro de Artes e Letras, Edemur Casanova, realiza dia 21 próximo a abertura de sua exposição Arte-Erotismo-Tecnologia. A mostra, que ocorre até o dia 27 de setembro, traz telas e esculturas de suas produções mais recentes.
Na oportunidade, Casanova autografa o livro Pirâmides do Tempo, de sua autoria.



Serviço:
Exposição: Arte-Erotismo-Tecnologia
De 22 a 27 de setembro de 2012
Espaço Socio-cultural Teatro CIEE
Rua Tabapuã, 445
11 3040.6541/ 6542

Brasil aumenta investimento em educação, mas ainda não alcança médias da OCDE



Mesmo sendo um dos países que mais aumentaram os gastos com educação entre os anos 2000 e 2009, o Brasil ainda não investe o recomendado do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e está longe de aplicar o valor anual por aluno indicado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com base na média dos países membros. Os dados fazem parte do relatório sobre educação divulgado nesta terça-feira (11) pelo órgão.

Os gastos por aluno na educação primária e secundária cresceram 149% entre 2005 e 2009, mas o Brasil ainda está entre os cinco países que menos investem por aluno, entre os avaliados pela OCDE.

INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM EDUCAÇÃO - GASTO ANUAL POR ALUNO

Nível                            Brasil       Média da OCDE      Posição do Brasil no ranking
Ensino pré-primário    USD 1,696      USD 6,670        3º pior colocado de 34 países
Ensino primário           USD 2,405      USD 7,719        4º pior colocado de 35 países
Ensino secundário       USD 2,235      USD 9,312        3º pior colocado de 37 países

USD = Dólar americano
Fonte: OCDE

Enquanto no ensino pré-primário o Brasil investiu USD 1,696 (dólar americano) por aluno, a média dos países da OCDE foi de USD 6,670; no ensino primário o país gastou USD 2,405 e a média da OCDE foi USD 7,719; com a educação secundária o investimento brasileiro foi de USD 2,235 e a média dos países da OCDE foi de USD 9,312.

Já no ensino superior houve uma diminuição de 2% dos gastos públicos por estudante - com isso, o Brasil fica em 23º lugar de uma lista com 29 países.

Apesar de estar abaixo do recomendado, o investimento público total em educação no Brasil passou de 10,5% em 2000 para 16,8% em 2009. Nesse quesito, o país é o 4º em um ranking de 32 países avaliados – atrás somente de Nova Zelândia, México e Chile.

PIB
A porcentagem do PIB brasileiro que vai para educação também está abaixo da média da OCDE: o Brasil investe 5,55% do PIB no setor, quando o recomendado é 6,23%. O PNE (Plano Nacional da Educação), aprovado na Câmara e que segue agora para o Senado, prevê o investimento de 10% do PIB em educação.

Segundo a OCDE, 4,23% do PIB brasileiro é investido em ensino primário e secundário – acima da média de 4% definida pelo órgão. No ensino superior, entretanto, o Brasil investe apenas 0,8%, sendo o 4º país que menos gasta nesse nível de ensino. Já com pesquisa e desenvolvimento o Brasil apresenta o menor gasto entre 36 países avaliados: somente 0,04% dos investimentos em educação são para o setor.

O relatório destaca a evolução da porcentagem do PIB brasileiro investido em educação: "Em 1995, o Brasil investiu 3,7% do seu PIB em educação, em comparação com a média da OCDE de 5,6%. Enquanto o nível de investimento caiu um pouco em 2000, no Brasil (para 3,5%) e nos países da OCDE como um todo (5,4%), até 2005 o Brasil conseguiu aumentar seu investimento em educação para 4,4% do PIB (a média da OCDE, que ano foi de 5,7%), e em 2009 o nível subiu para 5,5% do PIB no Brasil, enquanto a média da OCDE chegou a 6% e, entre os países do G20, 5,7%".

OCDE
A OCDE é uma organização internacional para cooperação e desenvolvimento dos países membros. Fazem parte da OCDE: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Coréia, Luxemburgo, México, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

O relatório "Education at a Glance 2012" ("Olhar sobre a Educação") analisa os sistemas de ensino dos 34 países membros da OCDE, bem como os da Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia Saudita e África do Sul.

A OCDE também é responsável pela aplicação e divulgação dos resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
Fonte:

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Folha divulga Ranking de Universidades


A Folha de São Paulo divulgou nesta semana um ranking das melhores Universidades do país.


O RUF (Ranking Universitário Folha) é uma listagem inédita das universidades brasileiras, de acordo com a sua qualidade. Para chegar ao ranking, a Folha criou uma metodologia própria (tendo como referências avaliações internacionais consolidadas), que mescla indicadores de pesquisa e de inovação e a opinião do mercado de trabalho e de pesquisadores renomados.

Para o ranking, foram consideradas apenas as universidades, que são instituições mais completas, com ensino e pesquisa em diversos campos do conhecimento. Essas instituições precisam também cumprir exigências mais rígidas que as demais formas de organização demais formas de organização de instituições de ensino.

O ranking geral conta com 191 universidades distribuídas em 188 posições porque houve alguns empates.

As 10 Universidades de São Paulo melhor classificadas são:
- Univ. de São Paulo (USP) 
- Univ. Est. de Campinas (Unicamp)
- Univ. Est. Pta. Júlio de Mesquita Filho (Unesp)
- Univ. Fed. de São Paulo (Unifesp)
- Univ. Fed. de São Carlos (UFSCar)
- Univ. Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie)
- Fund. Univ. Fed. do ABC (UFABC)
- Pont. Univ. Católica de São Paulo (PUC-SP)
- Univ. do Vale do Paraíba (Univap)
- Univ. de Ribeirão Preto (Unaerp)

Confira a metodologia da pesquisa e o ranking completo:




Mapa do tesouro: capitais culturais



Estudo inédito, encomendado pela prefeitura de Londres, mapeia as 12 capitais culturais do mundo, suas potencialidades e desafios.



A privacidade da criança


Julia, educadora de uma creche para bebês, relata que fica aflita quando vai trocar Ana, de sete meses, porque assim que abre as fraldas, a bebezinha coloca a mão nos genitais. Julia tem procurado terminar tudo rapidamente para não dar tempo a Ana de se tocar, mas tem dúvidas a respeito dessa conduta...

Natália está com seis anos. A mãe observa que ela fica muito tempo diante da televisão, em estado quase letárgico, com as mãos dentro da roupa. O que fazer?

Uma grande parte dos educadores está consciente, nos dias de hoje, de que a manipulação dos genitais pela criança não deve ser coibida, devido à  importância dessa estimulação para o desenvolvimento psíquico e sexual.

O uso do próprio corpo como fonte de sensações deve variar em função das idades e do ambiente social. Ana pode ficar algum tempo sem as fraldas para fazer descobertas, enquanto Natália precisa ser orientada a deixar de mexer dentro da roupa quando estiver com outras pessoas na sala.

O desafio para os educadores é encontrar os limites para esses comportamentos e ao mesmo tempo permitir privacidade, de maneira que cada criança desenvolva formas particulares e únicas de obter prazer. Parece-nos importante, para que isso ocorra, que a intromissão dos adultos se restrinja exclusivamente a indicar o que não deve ser feito. É desnecessário, por exemplo, dizer aos pequenos: 'faça isso no seu quarto', ou 'no banheiro'...

Descobrir os caminhos e os lugares para a exploração do corpo em 'segredo' também faz parte da construção da sexualidade.

Helena Mange Grinover - Psicologia Clínica; professora na UNIP e do Departamento de Psicanálise Instituto Sedes Sapientiae; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br/

Marcia Arantes – Psicóloga; professora de Orientação Profissional - Faculdades Paulistanas; Trabalho de Promoção do Desenvolvimento Pessoal para Professores e Alunos do Instituto Europeo Di Design; Membro do Conselho do Instituto Zero a Seis. http://www.institutozeroaseis.com.br

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A menina que roubava livros


Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em "A Menina que Roubava Livros", livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times".

Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro. "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte.

O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.

Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.

A Menina que Roubava Livros 
Markus Zusak