Jogar videogame é uma atividade prazerosa para crianças e
adolescentes. Porém, é importante tomar cuidado e abrir os olhos para que jogos
não se tornem um vício, já que pode prejudicar a formação dos seus filhos. O
que fazer quando a diversão vira algo nocivo? Veja algumas dicas de como ajudar
seus filhos a entender os limites entre diversão e obrigação:
Efeito nocivo
Para saber se o excesso de videogame está fazendo mal a seus
filhos, o psicólogo Tiago Tamborini exemplifica alguns sintomas: “O efeito pode
ser nocivo quando a frequência causa prejuízos significativos em outras áreas
da vida: dificuldades de socialização, dificuldades para dormir,
irritabilidade, apatia, dores de cabeça, fobias vinculadas aos temas dos jogos
– medos para dormir e medos para sair de casa”.
Será que é vício?
Como descobrir se o seu filho está passando noites em claro
por causa do videogame? “É um diagnóstico delicado. Para cada jovem existirá um
limite. Aqueles que conseguem fazer do videogame parte de suas atividades de
lazer, sabendo conciliar com outras atividades prazerosas, sem esquecer das
obrigações, podem ficar horas jogando e não representar um problema. No
entanto, jovens que só entendem o videogame como diversão, não escolhem outras
formas de socialização e não executam suas tarefas ligadas as obrigações,
estão, claramente, precisando diminuir o uso”, diz o psicólogo. Preste atenção
nas atividades rotineiras de seus filhos e fique esperta – ele pode estar
deixando muitas coisas de lado para se dedicar aos vícios.
Como lidar com a
situação?
Se a situação saiu do controle e seus filhos perderam a
noção de limite, o caminho é o diálogo. “Os pais devem dar bons exemplos,
incentivar hábitos ligados ao esporte, proporcionar atividades com os colegas e
acompanhar de perto o desenvolvimento do filho”, conta Tiago. A psicopedagoga
Betina Serson aconselha: “Primeiro deve-se conversar com o filho e aos poucos
ir diminuindo o tempo que ele passa com os jogos. Se não adiantar, é bom
colocar limites muito claros e com tempo para os jogos, tanto no computador
quanto no videogame”.
Influência dos amigos
Na maioria dos casos, os amigos influenciam bastante nas
decisões dos adolescentes. “Há o incentivo dos amigos, de maneira direta ou
indireta. Direta, quando todos jogam juntos online ou presencialmente. Indireta
quando, ao saber que todos conhecem e jogam, também é preciso conhecer e jogar.
Quanto a isso, não há saída. Sugiro que ao menos incentive que os jogos sejam
jogados presencialmente com os colegas. Assim, pelo menos, fica mais fácil
criar situações comuns a convivência, como: discussões, troca de ideias,
organização, saber dividir, entre outros”, reforça o psicólogo. Betina também
complementa que os pais podem conversar com outros pais: “É possível conversar
com os outros pais para ver se também está atrapalhando. Se estiver, os pais
precisam ter regras conjuntas para limitar os videogames”.
Isabela Zamboni
Fonte: http://papofeminino.uol.com.br/revistas/malu/filhos-viciados-em-videogame/
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